LIFELONG LEARNERS para Educadores: por quê falar sobre isso?
Vamos começar esta reflexão com duas possíveis explicações do termo Lifelong Learner.
Qual a importância disso nos dias atuais?
Ao pesquisarmos um pouco sobre profissões, podemos verificar que já existe uma redução de número de cargos oferecidos para aquelas que envolvem rotinas fixas e atividades repetitivas, muitas funções estão cada vez mais sendo realizadas por Inteligências artificiais, há uma redução de mão-de-obra em indústrias e empresas devido à automação crescente, além de uma desigualdade persistente de acesso à informação e conhecimentos necessários para obter qualificações ao mercado de trabalho.
Como educadores, nos preocupamos em formar pessoas com visão crítica, argumentação, pensamento lógico, respeito, empatia e demais competências que visam uma educação integral, e também preparar nossos estudantes para ocuparem futuros cargos ou funções diversas na sociedade ao longo de suas vidas, independente de suas escolhas iniciais. Para isso, sabemos que é importante trabalhar as mentes dos estudantes para que se tornem lifelong learnes.
Pesquisas mostram que as novas gerações tendem cada vez mais a mudar de empregos, dando prioridade não apenas ao salario mas também à qualidade de vida.
Será que estamos cuidando disso em nossas vidas também, educadores? Nos sentimos aptos a nos adaptarmos a mudanças e até mesmo encararmos mudar de profissão, caso seja necessário ou desejável? Somos lifelong learners? Temos planos futuros ou deixamos isso à cargo das instituições nas quais trabalhamos? Vamos refletir sobre isso?
Partindo de nossa profissão, estamos sentindo que os educadores que se baseiam em dar aulas teóricas sequenciadas e repetitivas, sempre da mesma forma, sem inovações pedagógicas e tecnológicas, estão perdendo espaço a cada dia. Muitas escolas estão substituindo os professores mais antigos por pessoas mais novas que, mesmo não tendo experiência em salas de aula, são menos resistentes a mudanças até mesmo por falta de experiência.
Não se trata de defender a ideia de passarmos a nos preparar melhor para continuar a nos submeter a situações nas quais nós educadores somos levados a assumir cada vez mais responsabilidades e trabalhos excessivos, desrespeitando nossos limites emocionais e físicos em nome de demandas que nem sempre apoiamos, acreditamos ou estamos capacitados. A proposta é nos prepararmos cada vez melhor para que a tomada de decisões sobre nossa vida profissional seja majoritariamente nossa, baseada em nossos valores pessoais e em nossa motivação.
Claro que isso nem sempre será possível, por mais que nos preparemos. Afinal passamos por situações que limitam nossa autonomia ao longo da vida, como por exemplo ter pessoas que dependam financeiramente de nós, passar por momentos economicamente difíceis em nosso país, não conseguir tempo e nem recursos financeiros necessários para nos capacitarmos em alguma outra função, enfim, várias podem ser as razões para esta limitação. O importante é termos consciência disso e trabalharmos para que essas situações sejam passageiras, planejando um futuro diferente.
O Profissão Educador aposta suas fichas no AUTOCONHECIMENTO como a base para que tudo seja possível!
Fonte inspiradora deste texto e imagem destacada:
https://research.acer.edu.au/cgi/viewcontent.cgi?article=1000&context=lifelong_learning