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Chegamos no final do ano letivo e, neste momento, é comum ocorrerem demissões e contratações nas escolas. Este período é especialmente difícil para nós educadores, que nos dedicamos intensamente o ano inteiro  e acreditamos que fizemos o nosso melhor. Ao saber de colegas sendo demitidos e, pensando que podemos ser os próximos, fica ainda mais angustiante! 

Como enfrentar tudo isso de maneira a conservar nossa autoestima e autoconfiança? Como não achar que fomos demitidos por não sermos competentes o suficiente? Como recomeçar se somos aquele tipo de educador que atuou sempre em uma mesma instituição e agora estamos mais velhos, com menores chances de conseguir uma nova colocação no mercado? Ou como lidar com uma demissão sem qualquer consideração por parte da instituição no momento de ser notificado(a)? Pessoas demitidas frequentemente apontam a gestão emocional como sendo a mais complicada, uma vez que as pressões são muitas (família, amigos, cobrança pessoal). 

A primeira dica importante neste momento é separar o profissional do pessoal, mudar seu modelo mental quanto a relação profissional com a instituição. Para ser demitido, basta estar empregado. As escolas são empresas, sendo que umas disfarçam melhor que outras. Se encararmos a demissão como sendo algo pessoal, sairemos muito mais magoados e isso não fará nenhuma diferença no resultado final. Claro que existem casos de demissões causadas por conflitos e incompatibilidades entre pessoas, mas mesmo nestes casos, encare a demissão em nível profissional.  Afinal, por mais que a gente conviva com as pessoas no trabalho, não nos mostramos por inteiro para as pessoas. 

Empresas contratam e demitem pessoas de acordo com seus interesses e nada mais. Não há qualquer consideração sobre o quanto o colaborador se dedicou, quantos anos permaneceu na empresa, etc. Para a empresa, salário pago ao serviço prestado é a única regra. Em um dia você “serve” para a empresa, em outro não serve mais….simples assim. Somos nós educadores que, por lidarmos com pessoas e emoções todos os dias, acabamos confundindo  as coisas e nos ligando demais emocionalmente com o ambiente de trabalho. Daí vem aquela frustração, mágoa, sensação de injustiça, traição, surpresa…..

Foi demitido? Viu algum colega ser demitido? Siga em frente e apoie os outros! A vida continua e existe fora da escola também!  E muitas oportunidades existem, incluindo outros campos de atuação. Faça cursos online e capacitações. Existem muitos cursos  excelentes e gratuitos. Converse com pessoas, faça novos amigos, participe de grupos de educadores existentes nas mídias sociais. Construa um networking. Não se isole. 

Eu estou fazendo isso e estou adorando essa nova fase de vida!

Fonte de informações: https://www.youtube.com/watch?v=-6maIVGCGQg

 

Fonte da imagem em destaque:  http://stock.adobe.com

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Patrícia Narvaes

Atuou como professora e orientadora nos projetos de inclusão de tecnologias da comunicação na área da educação pela Escola do Futuro da USP. É praticante de Comunicação Não-Violenta (CNV) desde 2013, onde descobriu o poder de uma escuta profunda e como isso pode afetar a comunicação e melhorar as relações humanas, promovendo conexão e acolhimento. Em 2020, conheceu o Thinking Environment ou “Ambiente para Pensar”, abordagem criada pela Nancy Kline, que permite criar um ambiente de escuta apreciativo, levando as pessoas a removerem bloqueios e praticarem o pensamento independente.
Hoje, Patrícia é Facilitadora de Reuniões e Coach em Thinking Environment, certificada pela Time To Think, além de ser uma das organizadoras do projeto Escuta Viva, onde oferece práticas de escuta, cursos, palestras e atendimentos focados na comunicação e nas relações