A UNESCO define habilidades digitais como “uma gama de habilidades para usar dispositivos digitais, aplicativos de comunicação e redes para acessar e gerenciar informação.” Podem incorporar desde mídias sociais até segurança cibernética.
O déficit de mão de obra qualificada no mercado precisa ser minimizado para que perdas econômicas astronômicas previstas possam ser evitadas. Governos, empresas e instituições de Educação devem tomar medidas para potencializar a formação de pessoas que tenham estas habilidades e, portanto, tenham empregabilidade em cargos que ainda nem existem mas que serão criados.
A formação de educadores precisa considerar esta mesma necessidade, uma vez que estamos falando de postos de trabalho. Fazemos parte deste contexto e não temos, ainda, cursos de formação com maior ênfase em habilidades digitais.
Professores atuantes há mais de uma década certamente sentem isso no dia-a-dia, e a COVID-19 escancarou esta falha em nossa formação, nos obrigando a investir, de um dia para o outro, em cursos específicos sobre usa de mídias, ambientes virtuais e aplicativos para ministrarmos nossas aulas à distância.
O Profissão Educador acredita que esses cursos deveriam trabalhar não apenas a parte técnico-pedagógica mas principalmente o gerenciamento de seu uso. E este gerenciamento deveria cobrir a gestão do tempo e a gestão emocional. Os campos da Neurociência e funções executivas, Comunicação e gestão emocional precisam ser a base.
É preciso rever a formação de educadores ou teremos cada vez mais profissionais com crises de ansiedade, depressão e insatisfação, aumentando ainda mais a crise na Educação.
Leia o relatório disponível em https://www.rand.org/blog/rand-review/2022/03/the-digital-skills-gap-what-workers-need-for-the-jobs.html .
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Foto em destaque – Imagem retirada de The Digital Skills Gap: What Workers Need for the Jobs of the Future | RAND