Muitos colegas educadores devem ter feito esta pergunta no dia 15 de outubro. Estamos em um momento complexo onde a mesma sociedade que posta milhares de mensagens engrandecendo os educadores encontra-se perdida em seus valores, polarizada e em uma espécie de guerra fria onde o medo e a violência coexistem. Os educadores que estão na linha de frente atuando com alunos em crises de ansiedade, depressão, intolerância e defasagens sérias de conteúdos e atitudes relatam situações nunca antes vivenciadas e muito difíceis de serem gerenciadas. As perdas ao longo dos anos têm sido enormes, não apenas por conta da pandemia, mas por falta de políticas de Estado, competência, ética e seriedade nas decisões e ações na Educação. 

A valorização dos educadores ainda é algo a ser conquistado em nossa sociedade. A frase: “Todos querem bons professores para seus filhos mas poucos desejam que seus filhos se tornem professores.” persiste.

Mesmo assim estamos dando o nosso melhor em diferentes campos de atuação como salas de aulas, institutos, grupos de estudos, universidades, praças e outros espaços públicos onde a educação se faz presente. 

Portanto, eu comemoro o dia 15 de outubro com esperança de dias melhores, afinal sou educadora há 28 anos e persisto nesta área porque tenho uma esperança infinita nas gerações futuras. A minha esperança se transforma a cada dia em ações como estudar diversos temas e elaborar textos que acredito sinceramente serem úteis para reflexões de educadores. Fazia isso em minhas aulas no Ensino Básico, proporcionando aos alunos momentos de debate, discussões em grupos, elaboração de textos informativos com uma visão crítica que pudesse ajudar a comunidade a refletir sobre problemas e desafios. 

Por acreditar que posso fazer a diferença com contribuições em minha profissão, eu comemoro o Dia dos Professores todos os anos!