Importância dos conhecimentos em Neurociência para educadores: relato de experiência
Girlene Lopes Sismotto – educadora em escola privada de São Paulo e colaboradora do Profissão Educador em Neurociência
Muito provavelmente você já se pegou com algumas destas dúvidas: Como funciona a “cabecinha” desse jovem? Não entendo como o meu chefe não enxerga que esta forma de trabalhar é mais simples! O que acontece com meu colega que tem tanta dificuldade de trabalhar em conjunto, aceitar outras ideias? Por que eu tenho tanta dificuldade em mudanças, mesmo sabendo que são necessárias?
Sou professora há 37 anos, tenho uma larga experiência que vai de escola pública a escolas privadas de alta performance e também me deparei com algumas dessas questões. Talvez por conta da minha formação de bióloga que sempre me instigou a tentar compreender a natureza, procurei formas de encontrar respostas que neste caso eram referentes a natureza do comportamento humano. Decidi então estudar mais afundo os mistérios do cérebro e procurei um curso que me permitisse compreender melhor como as pessoas aprendem e como utilizam o que aprendem no seu dia a dia.
Lógico que minha motivação não era apenas essa, senti necessidade também de incrementar meu currículo, ampliar meu network e nada melhor do que voltar para a academia e aprender o que tem de novo. Iniciei uma especialização em Neurociência da Aprendizagem na faculdade de medicina da Santa Casa de Misericórdia de São Paulo.
O que este curso mudou na minha compreensão sobre as pessoas?
Me ensinou a identificar o caminho que as pessoas desenvolvem para aprender e, a partir disso, pude ser mais paciente e empática com meus alunos. Também me ensinou a julgar menos e observar mais. Me permitiu ajudar colegas a compreender melhor aquele desafio de sala de aula, aliviando o peso de uma sensação de incapacidade profissional. Me autorizou com maior propriedade a discutir sobre a viabilidade do ensinar certos conteúdos em determinadas turmas. Me ajudou a perceber em mim mesma onde meu cérebro me deixa na mão e, portanto, recorrer a estratégias para melhorar.
No Profissão Educador gostaria de trazer algumas reflexões sobre como a Neurociência pode ajudar a compreender muitas das dúvidas que qualquer profissional de educação ou de outras áreas possui sobre o comportamento humano em especial no processo de aprendizagem.
Você já refletiu sobre como você aprende? Se a forma que você aprende é igual aos demais? Como você utiliza todo o seu conhecimento nas suas relações interpessoais? Já pensou o quanto de neurociência há em um processo de negociação? O quanto de neurociência há no convencimento de uma sala de aula de que seu conteúdo tem um “significado”?
Vale muito a pena conhecer um pouco sobre este tema que tanto desafia educadores em geral.
Querendo ou não o ser humano depende do seu cérebro e o professor é um dos profissionais que trabalha mais diretamente com ele, numa ponte fabulosa de interconexão, numa verdadeira rede de neurônios interligados.
OOOPA!!! Bem que você podia colocar abaixo um relato de experiência como a Girlene fez, né??? 😘